Dificuldade no acesso a bairros de Santa Maria pelas rodovias está longe de ser solucinada

Se depender das soluções em andamento, os vizinhos das BRs, em Santa Maria, terão de esperar ainda mais do que já esperam todos os dias para utilizar os acessos aos bairros.  Ao que tudo indica, a luz no fim do túnel (ou da estrada) parece mais reluzente para quem vive no entorno da BR-287 (Faixa Nova de Camobi). Já para quem mora perto das BRs 287 (no caminho para São Pedro do Sul), 158 e 392, as perspectivas não são nada animadoras. Todas as rodovias apresentam problemas. A ERS-509 (Faixa Velha) não é exceção, mas deve ficar melhor depois da duplicação, iniciada em novembro. Mas, até o trabalho ficar pronto, motoristas, pedestres e moradores ainda enfrentarão dificuldades para transitar pelo local.

Para a Faixa Nova, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) planeja uma série de mudanças. Uma das propostas é construir uma rotatória no acesso ao bairro Maringá e dois refúgios nos acessos à sede campestre do Clube Dores e ao residencial Terra Nova. No acesso à Vila Maringá, seria feita uma rotatória, também permitindo o acesso seguro e o retorno de veículos.

O Dnit espera que essas obras saiam do papel nos próximos meses. A duplicação do local é outra providência que está sendo adotada. Depois de quase um ano de atraso, a empresa Engemin, de Curitiba, recebeu a ordem de serviço para fazer os estudos e o desenho da obra. Em até sete meses, deverá ser feito o estudo. Mas, na melhor das hipóteses, a duplicação da Faixa Nova começaria em 2015 e ficaria pronta em 2017 ou 2018.

Moradores chegam a esperar 10 minutos por travessia
 
Além da dificuldade de pedestres para atravessar até o outro lado, motoristas relatam que chegam a esperar cerca de 10 minutos para conseguir acessar ruas paralelas ou rodovias. Em horários de pico, a situação é ainda mais agravante, e o perigo de acidentes é iminente.   
  
Morador do bairro Parque Pinheiro Machado, o bancário Fernando Baltar, 59 anos, relata a dificuldade de acesso a partir da BR-287. Segundo ele, muitos motoristas acabam infringindo as regras de trânsito para conseguir um acesso mais rápido e para fugir de ruas problemáticas.
- Há um descaso muito grande com as pessoas mais humildes que moram em bairros próximos às rodovias. Como os motoristas precisam ingressar em vias anteriores para fazer o contorno e atravessar a faixa sem desobedecer as normas, acredito que essas ruas paralelas deveriam estar em melhores condições e não com valetas e desníveis - afirma o morador, referindo-se a ruas do bairro Parque Pinheiro Machado que dão acesso ao Residencial Lopes. 

SOLUÇÕES A CURTO E MÉDIO PRAZO
- Manutenção correta e adequada dos trechos
- Pavimentação, manutenção corretiva frequente, evitando buracos e desnivelamento das pistas
- Drenagem, correção dos pontos de aquaplanagem, evitando acidentes
- Sinalização, reforço da sinalização horizontal e vertical, principalmente de faixas de segurança e de pontos de acessos específicos, bairros, ruas e BRs
- Iluminação pública suficiente e adequada nos trechos urbanos das rodovias para o pedestre e motorista ver e ser visto
- Evitar, sempre que possível, conversões à esquerda, dificultam a visibilidade, causam atraso e acidente
- Na implantação de grupos de moradores/condomínios e grandes empreendimentos associar as devidas correções de vias e ampliação da capacidade com formas seguras para atender o aumento da demanda
- Necessidade de fiscalização e orientação por parte dos agentes públicos - Polícia Rodoviária Federal  (PRF), Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) e Gerância Municipal de Trânsito (GMT)
- Por último, mas não menos importante, a questão comportamental/cultural, vivemos em uma cidade grande. Não é mais possível atravessar, cruzar, transitar de qualquer modo em qualquer lugar. É necessário que se busque e, se não existir se execute, pontos específicos de cruzamentos/travessias"